domingo, junho 11, 2006

Governo da República reconhece importância do Centro Educativo

O secretário de Estado Adjunto do ministro da Justiça considerou, ontem, na Assembleia da República, que é «fundamental» a existência de um Centro Educativo na Madeira. Uma declaração de Conde Rodrigues feita numa altura em que o Governo pondera encerrar, ou adaptar para serviços sociais, metade das instituições de reabilitação dos jovens delinquentes - deverão passar das actuais 12 para meia dúzia.

«Ter um Centro Educativo nos Açores ou ter um Centro Educativo na Madeira é fundamental pela distância», justificou o secretário de Estado durante uma audição na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
Os apenas seis jovens madeirenses que neste momento se encontram internados em Elvas contrariam a lógica da tutela nacional para o continente - optar pela concentração para aproveitar melhor os recursos. Mas Conde Rodrigues desconfia que os tribunais ficam muitas vezes por uma simples admoestação devido ao «receio de não haver uma instituição» na RAM.
De qualquer forma, na política que tem a ver com as regiões autónomas, fala mais alto o factor distância relativamente ao restante território. «É para aí que temos de dar uma resposta», insistiu o governante do Terreiro do Paço.
Confrontado com as críticas da oposição sobre o fecho e concentração de instituições de reabilitação por razões economicistas, Conde Rodrigues retorquiu que o Executivo também tem feito investimentos. Exemplificou com os cinco milhões de euros que foram entretanto gastos nos centros educativos da Madeira, Mondego e Vila do Conde.
Só a infra-estrutura da Região, recorde-se, levou metade daquele valor quando foi adjudicada. Campos Ferreira (PSD) também aproveitou para lembrar que a obra vem dos governos de centro-direita.
O secretário de Estado Adjunto do ministro da Justiça evitou referir-se às dificuldades financeiras que têm impedido a entrada em funcionamento do Centro Educativo da Madeira.
Apesar de o espaço físico estar pronto desde 2005. Um atraso que, no passado mês, levou-o a receber a visita de Júlia Caré. A deputada eleita na lista do PS-M à Assembleia da República exigiu a abertura da instituição «até 2007».

Ler noticia integral em Diário de Noticias da Madeira, de 10-07-2006

Sem comentários: