sexta-feira, fevereiro 20, 2009

'Dossier corrupção' gera expectativa


O Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro resistiu ontem às perguntas dos jornalistas sobre o 'dossier corrupção'. De visita à Madeira, Pinto Monteiro foi abordado, quer no aeroporto quer na Ponta do Sol, sobre o assunto mas remeteu uma resposta para esta tarde.
Ainda assim, e sobre o 'dossier corrupção' prometeu "responder às que forem possíveis, depois de estar mais bem informado".Pinto Monteiro está a efectuar uma visita oficial de dois dias e vai almoçar, hoje, com Alberto João Jardim para depois reunir com magistrados do Ministério Público (MP) e visitar as instalações da PJ.
Ontem regressou, 35 anos depois, ao Tribunal da Ponta do Sol onde foi juiz e, à noite, jantou no Palácio de São Lourenço após ter sido recebido pelo Representante da República, Monteiro Diniz.
Entre a abordagem a assuntos regionais e nacionais, Pinto Monteiro destacou que a visita à Madeira acontece na linha das visitas que tem efectuado em todo o país para constatar "in loco" os problemas, dúvidas e como está estruturado o MP na Região.
Instado a pronunciar-se sobre a criação de um DIAP (Departamento de Investigação e Acção Penal) na Madeira, Pinto Monteiro argumentou que a ideia "não está abandonada", recusando especular sobre o assunto, "porque não há nada de definitivo sobre isso". É que, a criação ou não do DIAP está dependente da revisão do Estatuto e da Lei Orgânica do MP. E não é só o movimento processual que justifica a criação ou não de DIAP.
Na Ponta do Sol, onde foi juiz pela primeira vez (esteve dois anos e três meses) encontrou velhos conhecidos, entre eles o advogado António Silveira. "Nunca ninguém se aborreceu comigo nem eu com ninguém", disse.
Na altura, "a Ponta do Sol tinha 22 famílias, não havia restaurantes, não havia hotel", contou. O próprio Tribunal era noutro local e não nas actuais instalações inauguradas em 1995 por Cavaco Silva e onde já se chegou a vender peixe. Agora, ao contrário de outrora, existem na Ponta do Sol dois juízes e dois procuradores e o número de processos nada tem a ver com a década de 70.

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