A lista de casos que reúnem os requisitos legais para adoptar uma criança antigiu as 88 candidaturas, sendo que 72 são de casais e as restantes 16 foram apresentadas por mulheres que vivem sozinhas. «Há mais casais que candidatos», confirmou ao nosso jornal a presidente do Centro de Segurança Social da Madeira, Bernardete Vieira. A responsável explicou que há um aumento no número de mulheres que, mesmo vivendo sozinhas, querem adoptar uma criança. Está também a subir o número de casais que quer estabelecer um vínculo de filiação com uma criança. «Geralmente, a média anda entre os 60 a 80 candidaturas, neste momento existem 88 o que é um bom número, como também o número de crianças a serem adoptadas», garantiu Bernardete Vieira.
Este ano e até ao mês de Setembro, foram adoptadas 18 crianças, sendo que nove eram rapazes e as outras nove eram raparigas com uma idade média de 6,6 anos. No ano passado, foram decretadas pelo Tribunal de Família e Menores ou Tribunal Judicial um total de 37 adopções. Destas, onze foram rapazes e 26 raparigas com uma média de idade de seis anos. Neste momento, encontra-se em período de pré-adopção 16 menores. Bernardete Vieira salientou que estes números mantêm-se mais ou menos idênticos desde 2001, contudo, reforça a ideia de que antes de uma criança ser colocada para adopção os técnicos da Segurança Social realizam um trabalho junto das famílias biológicas, «estas têm sempre prioridade». «Não estamos a trabalhar para tirar crianças das famílias. Elas só saem das famílias biológicas quando realmente não têm condições e os tempos de vida das crianças são curtos e é preciso tomar decisões e aí é que vai para adopção», salientou a responsável.
Enquanto que na Madeira o número de adopções continua estável, a nível nacional regista-se um aumento de adopções. Até Setembro deste ano já tinham sido decretadas 564 adopções e já havia 631 crianças em período de pré-adopção, isto é, integradas nas famílias que as vão adoptar. Esta é uma subida que se verifica desde 2006 de uma forma consistente. O presidente do Instituto de Segurança Social, Edmundo Martinho, apontou ao jornal Público que a maturidade da alteração legislativa, a entrada em funcionamento das listas nacionais de adopção, o incorporar de práticas de agilização dos processos nas instituições, na Segurança Social e nos tribunais foram situações que fizeram que houvesse mais adopções em Portugal.
Ler noticia integral em Jornal da Madeira, de 13-11-2008.
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