As famílias de acolhimento têm baixos rendimentos económicos - metade dispunha de menos de 500 euros mensais -, possuem fraca escolaridade e exercem profissões pouco qualificadas. A formação para receber em casa menores retirados aos pais é quase inexistente. E praticamente todas relataram, quando inquiridas em 2002, que não tinham contacto havia pelo menos dois anos com os técnicos das instituições que, à luz da lei, deviam ser responsáveis pelo acompanhamento regular das crianças e jovens.
O perfil da família de acolhimento foi traçado num estudo nunca publicado - da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR) e do extinto Instituto de Desenvolvimento Social (IDS). Não há dados oficiais mais recentes. Mas o "perfil crítico mantém-se", admite Edmundo Martinho, presidente do Instituto da Segurança Social.
Não é a situação sócio-económica das famílias que inquieta o responsável pela entidade a quem compete promover, financiar e avaliar esta medida de promoção e protecção de crianças e jovens em risco: "Não é por terem rendimentos mais baixos que são piores famílias de acolhimento." O "mais preocupante" é a formação e o acompanhamento que têm ficado por fazer, apesar de estarem previstos na lei.
Ler noticia integral em Público, de 16-12-2007.
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