A equipa de apoio à vítima de maus tratos, criada pelo Centro de Segurança Social da Madeira (CSSM) em 2002, já recebeu, até ao momento, 456 pedidos de ajuda, sendo que 98,6% dos casos pertencem a mulheres e apenas seis a indivíduos do sexo masculino.
Ontem de manhã, à margem das comemorações do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, no Teatro Municipal Baltazar Dias, a presidente do Conselho Directivo do CSSM, Bernardete Vieira, disse que a maior parte dos casos enquadra-se na faixa etária dos 25 aos 54 anos e que "a violência é transversal, não tem classe social" definida.
"A maioria das mulheres vítimas de violência doméstica pertence a classes sociais mais desfavorecidas, mas temos também alguns casos de pessoas com mais habilitações, ou seja, com cursos superiores", explicou.
Embora sem dados comparativos, a presidente do Conselho Directivo do CSSM fez questão de frisar que esta problemática sempre existiu, embora vivesse camuflada. "Era uma violência silenciada em casa e é óbvio que, com a emancipação da mulher, começaram a denunciar mais as situações", atirou.
Actualmente, a Região possui três casas de apoio para receber e ajudar as mulheres vítimas de maus tratos. Para a responsável, este facto já vem dar um novo alento a quem se encontre em tais situações, uma vez que vêem comprovado um apoio efectivo. A primeira casa de abrigo surgiu em 2002, a segunda em 2004 e, no ano passado, foi criada uma terceira instituição com capacidade para acolher 19 vítimas.
Ler noticia integral em Diário de Noticias da Madeira, de 29-11-2007.
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