domingo, outubro 14, 2007

Educar uma criança numa instituição custa em média dois mil euros por mês

Foto tirada no Museu Colecção Berardo

Dois mil e cinquenta euros por mês é quanto custa ao Estado educar uma criança numa instituição social como o Centro Polivalente do Funchal, segundo dados facultados pelo Centro de Segurança Social da Madeira.
No montante referido "estão incluídas despesas de alimentação, vestuário e os gastos com uma equipa interdisciplinar de educadores para formar o homem de amanhã, garantindo as condições materiais, afectivas e a formação escolar.
Dimensão
259 Número total de crianças institucionalizadas.
21 Instituições (dez particulares, oito lares de infância e juventude, dois centros de acolhimento e um oficial).
Causas
Famílias disfuncionais, negligência, alcoolismo e toxicodependência de um dos elementos.
Perguntas a Nelson Carvalho
As instituições estão preparadas para receber e formar crianças em risco?
As instituições estão preparadas para acolher as crianças e desenvolver um projecto de vida individualizado e adaptado a essa criança. Cada vez mais têm equipas multidisciplinares, com um grande nível de especialização e abertura ao meio envolvente.
A sociedade tem preconceitos em relação aos adultos que saíram dessas instituições?
Estes preconceitos existem, mas estão a diminuir, embora lentamente porque a institucionalização ainda está muito ligada ao conceito de delinquência, quando isso não é verdade.
Será que a sociedade cumpre o seu papel em relação às crianças acolhidas pelas instituições?
A sociedade, na pessoa do Estado, proporciona a estas crianças e jovens um lar, no qual predomina o carinho e outros requisitos fundamentais para o crescimento harmonioso do ser humano. Na Madeira, há um grande esforço e preocupação para dar as melhores condições de vida possíveis a estas crianças; veja-se as infra-estruturas existentes e a qualidade das equipas técnicas que lá trabalham. O que nunca podemos esquecer é que a sociedade somos todos nós, por conseguinte, somos todos responsáveis pela salvaguarda e pelo bem-estar destas crianças e jovens.
É possível traçar um perfil de um adulto que cresceu numa instituição?
Não faz sentido falar de perfis. As pessoas são todas diferentes independentemente de terem sido ou não institucionalizadas. O factor institucionalização não é, nem deve ser, preditivo de qualquer perturbação física e/ou psíquica. Sugira algumas dicas que ajudem estes adultos a caminhar com sucesso. As mesmas que daria a qualquer adulto, independentemente da proveniência familiar: ter um projecto de vida capaz de alcançar a realização pessoal.olar e profissional.
Ler noticia integral em Diário de Noticias da Madeira, de 14-10-2007

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