Fonte: Portugal Diário, de 23-02-2006
Cinco dos 11 arguidos do «Caso do Parque» foram condenados, esta quinta-feira, a penas de prisão efectiva. De acordo com a Lusa a pena mais pesada (19 anos) coube a Pedro Inverno, por abuso sexual de crianças, actos homossexuais com adolescentes e posse ilegal de arma.
Pedro Inverno, que está em prisão preventiva, foi ainda condenado ao pagamento de indemnizações cíveis de 45 mil euros a uma das vítimas da Casa Pia e 30 mil a outro dos menores da instituição, num total de 75 mil euros.
A segunda pena mais pesada foi aplicada a António Nogueira, condenado a oito anos de prisão pelo um crime de lenocínio (incentivo à prostituição) de menor e nove crimes de actos homossexuais com adolescentes.
Os arguidos Pedro Bustorff, Messing Ribeiro (médico- cirurgião) e José Filipe Silva (cozinheiro) foram todos condenados a três anos de prisão efectiva, medida da qual deverão recorrer (Bustorff já o anunciou) o que lhes permitirá permanecer em liberdade provisória.
O colectivo de juízes, presidido por Nuno Dias, condenou o economista João da Silva Pires, acusado de seis crimes de actos homossexuais com adolescentes, a dois anos e seis meses de prisão, que ficou suspensa por cinco anos, tendo na avaliação da pena servido de atenuante o facto de ter confessado.
Também Fernando Couto, João Alves e Augusto Pipo têm as suas penas suspensas.
O tradutor Fernando Couto foi condenado a um ano e seis meses de prisão, com pena suspensa por cinco anos, o pedreiro Augusto Pipo foi condenado a dois anos, ficando a sua pena suspensa também por cinco, e o electricista João Filipe Alves foi condenado a um ano e três meses de prisão, com pena suspensa por quatro.
Dos 11 arguidos foram absolvidos o comerciante César João dos Santos e o empresário dinamarquês Jon Christer Janssen, que não compareceu ao julgamento.
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