As crianças e jovens da Região, que se encontrem em centros de acolhimento temporário, podem ficar, em média, entre 12 a 18 meses nesta situação. Os dados disponibilizados pelo Centro de Segurança Social da Madeira (CSSM), acerca da realidade regional, são menos preocupantes que os números nacionais avançados pelo Relatório de Caracterização das Crianças e Jovens em Situação de Acolhimento, referente ao ano 2006 e realizado pelo Instituto de Segurança Social.
Neste estudo, é apontado que 49% das crianças e jovens que estão em centros de acolhimento encontram-se há mais de quatro anos nesta situação e que 28% dos menores estão há mais de seis anos em acolhimento. Este cenário certifica que o sistema esgotou todas as hipóteses de integrar essas crianças e jovens nas famílias de origem, tendo também falhado em encontrar uma família de substituição.
Segundo a informação facultada pelo CSSM, nos casos de adopção, entre a retirada de uma criança a uma família e a definição de um projecto de vida alternativo, o tempo é muito variável, dependendo da situação concreta de cada criança, da família biológica e das razões que determinaram essa mesma retirada.
Decretada a possibilidade de adopção pelo tribunal competente, o tempo médio até à integração numa família candidata é de um mês, aproximadamente. Neste período, a equipa de adopção procede à análise da lista dos candidatos seleccionados. O objectivo passa por adequar a criança ao perfil do candidato e à apresentação da história de vida de quem vai ser adoptado. Numa fase final, em caso de aceitação, arranca o período de integração. O lado positivo da questão, em termos nacionais, segundo o relatório, é que, em 2006, 2.771 crianças e jovens deixaram a situação de acolhimento.
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