quarta-feira, junho 06, 2007

Poder paternal devia ser retirado

Fonte da imagem: www.asmal.org.pt

O psicólogo Eduardo Sá defendeu que o poder paternal, na designação que hoje pressupõe, deveria mudar, uma vez que em alguns casos, parece que a cédula da criança é “o registo de propriedade” dos pais em relação à mesma. Ou seja, o especialista, que falava nas I Jornadas de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica da Madeira, é defensor da inibição do poder paternal aos pais que maltratam e colocam em risco os filhos. Sublinhou que não basta sinalizar as crianças em risco nem retirá-las das famílias e que é necessário mostrar cartões vermelhos a quem maltrata as suas crianças. “Tem de haver pais a serem inibidos do poder paternal.
Acho um escândalo que, em Portugal, em pleno século XXI, haja crianças, como é o caso de uma bebé de meses, em Viseu, que foi violada pelo pai — e com o conhecimento da mãe — e que não teve o poder paternal interdito. Se violar uma bebé em Portugal não é motivo suficiente para inibir o poder paternal, temos de reflectir”, defendeu o especialista. A seu ver, os casos de maus tratos vão continuar a aumentar em termos de denúncias. Eduardo Sá admitiu ficar contente com essa situação tendo em conta a existência de um número desconhecido de crianças que sofrem em silêncio.
Ler noticia integral em Jornal da Madeira, de 4-06-2007.

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