terça-feira, fevereiro 27, 2007

A 'roda dos enjeitados' regressa em resposta a onda de abandono de bebés



A lei italiana permite que qualquer mulher possa dar à luz anonimamente num hospital público e abandonar aí o seu bebé sem que possa por isso ser perseguida ou acusada. Mesmo assim, em 2006 foram abandonados 20 recém nascidos em caixotes do lixo. Dez não sobreviveram. Certamente também por isso, a iniciativa do Policlinico Casilino suscitou o interesse e a aprovação governamental. Rosa Bindi e Livia Turco, repectivamente ministras da Educação e da Igualdade de Oportunidades, anunciaram que alargarão esta iniciativa a todos os hospitais do país.

"Trata-se de uma solução inteligente, uma boa alternativa ao abandono na rua, dentro de caixotes de lixo, de sacos de plástico. A difícil decisão desta mãe de abandonar o filho teve lugar numa estrutura segura e a criança não correu nenhum perigo. E isto prova que é necessário investir mais e melhor para que a maternidade e nascimento de um filho não sejam impedidas por razões económicas e sociais", declarou a ministra Bindi.

Há no entanto várias questões por resolver no país no que respeita ao destino de crianças abandonadas ou sem família, já que não só a lei de adopção italiana é considerada uma das mais complicadas da Europa, dificultando muito a vida aos italianos que querem adoptar, como deixou recentemente de haver orfanatos, quando o governo decidiu fechar os últimos 57 existentes, alegando que as condições em que funcionavam eram impróprias.

O sistema que actualmente funciona é o da colocação em famílias de acolhimento através dos governos locais.
Ler noticia integral em Diário de Noticias, de 27-02-2007.

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