segunda-feira, outubro 02, 2006

Grandes preconceitos impedem adopção

Quanto à situação da adopção em Portugal, Idália Moniz refere que a culpa não é só do Estado - tribunais e Segurança Social - "há grandes preconceitos" por parte dos candidatos. "Temos 305 em situação de ser adoptadas", um número reduzido porque existe "a ideia pré-concebida de que os filhos não se dão e que a criança vai ficar na instituição até atingir a maioridade", justifica.
Existem 1933 candidaturas aprovadas - segundo a base de dados que está a funcionar desde Junho -, "mas 1856 querem crianças dos zero aos três anos, 1660 querem de cor branca, 1918 sem deficiência e 1813 querem sem problemas de saúde. Onde está a nossa solidariedade? Nos outros países não é assim", diz.
Ora, dos zero aos três existem 46 crianças, 54 têm deficiência, 57 problemas graves de saúde e 87 problemas ligeiros e sobram 161, sem problemas. E há ainda a questão dos irmãos. Estes dados mostram que este desejo não se encaixa no perfil das crianças para adopção e em 2005, apenas 47 foram para fora do país.

2 comentários:

Anónimo disse...

Falamos de preconceitos por parte de quem adopta. Eu acho que, na grande maioria das vezes, é desconhecimento da realidade que envolve as crianças que se encontram para ser adoptadas. O preconceito existe sim da parte dos Técnicos de algumas Equipas de Adopção da segurança Social que "excluem" à partida essas crianças das listas, partindo do principio errado de que ninguém as vai querer. Mas é como em tudo, há bons técnicos também, por isso há sucesso na adopção de algumas crianças mais crescidas, de cor ou com algum problema de saúde.
Cada caso é um caso mas penso que não podemos generalizar e culpabilizar os casais ou candidatos singulares que muitas vezes desconhecem a existência destas crianças.

Anónimo disse...

peço desculpa.
parece que me esqueci de assinar o comentário.
não era para ser um comentário anónimo.
era meu M&M (http://www.osoprodocoracao.weblog.com.pt )