Cavaco Silva resolveu meter a colher entre os maridos e as mulheres portuguesas e abordar um assunto incómodo: o número crescente de casos registados de maus tratos a crianças e violência doméstica.
«As estatísticas pecam todas por defeito», frisa fonte da Presidência da República. «Grande parte dos hospitais não está sensibilizado para fazer um registo das ocorrências», acrescenta.
Independentemente dos números oficiais, o problema existe e é «preocupante», defende fonte em Belém. As instituições que lidam com esta problemática no terreno «estão nos limites» e «não existem em suficiente número». A gravidade da situação motivou a 2ª Jornada do Roteiro para a Inclusão, dedicada às crianças em risco e à violência doméstica. No âmbito desta iniciativa, o Presidente da República irá visitar várias casas de acolhimento no norte do país, esta quarta e quinta-feira.
O que pode fazer o Presidente?
Cavaco Silva quer alertar a população para a necessidade de não fechar os olhos às crianças espancadas, violadas, negligenciadas ou abandonadas e para as mulheres e homens vítimas de violência doméstica. Citando os resultados de um inquérito da Inspecção-geral de Saúde, respondido em Julho de 2005, fonte da presidência avança que 53 por cento dos hospitais e centros de saúde não possuem normas de procedimento para o atendimento de crianças em risco. E o problema não está na lei, lembra fonte presidencial, já que esta prevê que cada hospital tenha um centro para acolher crianças em risco.
Ler a noticia integral em Portugal Diário, de 10-07-2006.
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