As cooperativas de solidariedade social (Cerci), que apoiam crianças com deficiências comprovadas, em situação de risco biológico ou social, acusam o Ministério da Educação de alterar as regras de financiamento desses projectos, reduzindo o seu âmbito a crianças até aos três anos.
Nos anos anteriores, as Cerci podiam intervir até aos seis anos, o que leva os responsáveis a acusar o Governo de "deixar de fora milhares de crianças cujos problemas não são diagnosticados até essa idade ou necessitam de uma intervenção específica durante mais tempo". O ministério salienta que essa faixa etária já tem resposta na rede de pré-escolar que entretanto se desenvolveu, e que não vale a pena insistir na duplicação de recursos.
Intervenção Precoce na Infância é o nome oficial de um conceito criado em 1997 e regulamentado dois anos depois por três ministérios (ver texto em baixo). Destina-se a crianças com deficiência comprovada, em situação de risco biológico (portadores de HIV ou filhos de pais toxicodependentes, por exemplo) ou de risco social. "O que fazemos é prestar um serviço muito específico, que acompanha as crianças no seu ambiente e inclui as famílias. O trabalho é de proximidade e envolve todo o agregado familiar", referiu ao DN Sónia Fontes, da Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social (Fenacerci), que agrega 51 instituições. Actualmente, são 700 as crianças abrangidas, e as Cerci calculam que as novas orientações reduzirão o número para metade.
Ler noticia integral em Diário de Noticias, de 23-05-2006
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