Comemora-se hoje o Dia Mundial do Livro Infantil em homenagem ao escritor dinamarquês Hans Christian Andersen que nasceu nesta data e escreveu contos que cresceram com gerações de leitores... Quem não leu ‘A Menina dos Fósforos’ ou ‘O Patinho Feio’?
Hans Christian Andersen (1805-1875) continua a tradição criada pelos irmãos Jacob e Wilhelm Grimm de organizar os contos populares, fábulas, anedotas, histórias de aventuras e contos de fadas de forma a agradar as crianças. Começou sua trajetória pesquisando narrativas do folclore de sua terra, os Eventyr, correspondentes parcialmente aos Märchen alemães. Aos poucos adquiriu voz própria e, em estilo dinâmico e com enredos criativos, passou a produzir histórias provenientes de sua imaginação. Redigiu mais de 150 narrativas, que foram publicadas anualmente e eram lançadas sempre por ocasião do Natal.
Ao recolher histórias populares, Andersen incorpora os componentes ideológicos que as moldavam desde a origem: a revolta dos oprimidos contra os valores da aristocracia exploradora; a consciência da dificuldade de transformar essa realidade; a transfiguração do desejo em fantasia compensatória. Soldados, servos, artesãos, camponeses, por intermédio de forças mágicas e de elementos sobrenaturais, tornam-se fortes e vêm a ocupar o espaço que lhes é de direito na sociedade.
Através do anos, os contos de Andersen foram traduzidos para inúmeras línguas e sofreram incontáveis adaptações que, muitas vezes, alteram substancialmente o enredo
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