Aqui fica um extracto significativo do artigo "Sex generation" do pedopsiquiatra Pedro Strecht no Jornal Público, de 24-03-2006
"Se em vez de uma love generation, estivermos a criar uma sex generation? Em vez de alguém que espera por crescer para viver, vive para, a pouco e pouco, morrer ou matar partes demasiado sensíveis e importantes da vida
Quando se está a crescer, tudo tem o seu tempo de existir e acontecer. A precocidade ou o adiamento excessivo de determinadas vivências afectivas e emocionais pode causar paragens, desvios ou regressões em áreas muito importantes do desenvolvimento, sendo que, por vezes, podem daí resultar riscos importantes no presente ou no futuro. Começar a andar, a falar tem o seu tempo, assim como tem o seu tempo retirar as fraldas, entrar para a escola, aprender a ler ou a escrever e ainda, mais tarde, sair, namorar, ser autónomo na vida. Por isso mesmo, preocupamo-nos quando vemos jovens adolescentes de 13 anos iniciar a frequência de um curso universitário por terem sido considerados "sobredotados", crianças de quatro anos que ainda não falam ou, noutro exemplo, rapazes de onze que ainda frequentam o 3.º ano de escolaridade ou raparigas de 15 que já são mães. Tudo quanto é excessivamente a mais ou a menos corresponde a algo que não está a ser suficientemente digerido ou metabolizado a nível mental e que deixará marca"
Quando se está a crescer, tudo tem o seu tempo de existir e acontecer. A precocidade ou o adiamento excessivo de determinadas vivências afectivas e emocionais pode causar paragens, desvios ou regressões em áreas muito importantes do desenvolvimento, sendo que, por vezes, podem daí resultar riscos importantes no presente ou no futuro. Começar a andar, a falar tem o seu tempo, assim como tem o seu tempo retirar as fraldas, entrar para a escola, aprender a ler ou a escrever e ainda, mais tarde, sair, namorar, ser autónomo na vida. Por isso mesmo, preocupamo-nos quando vemos jovens adolescentes de 13 anos iniciar a frequência de um curso universitário por terem sido considerados "sobredotados", crianças de quatro anos que ainda não falam ou, noutro exemplo, rapazes de onze que ainda frequentam o 3.º ano de escolaridade ou raparigas de 15 que já são mães. Tudo quanto é excessivamente a mais ou a menos corresponde a algo que não está a ser suficientemente digerido ou metabolizado a nível mental e que deixará marca"
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